[Resenha] Dois a Dois

Título: Dois a Dois
Título Original: Two by Two
Autor: Nicholas Sparks
Editora: Editora Arqueiro
Páginas: 512
Compre: Amazon | Saraiva
Livro enviado pela editora

Com uma carreira bem-sucedida, uma linda esposa e uma adorável filha de 6 anos, Russell Green tem uma vida de dar inveja. Ele está tão certo de que essa paz reinará para sempre que não percebe quando a situação começa a sair dos trilhos.
Em questão de meses, Russ perde o emprego e a confiança da esposa, que se afasta dele e se vê obrigada a voltar a trabalhar. Precisando lutar para se adaptar a uma nova realidade, ele se desdobra para cuidar da filhinha, London, e começa a reinventar a vida profissional e afetiva – e a se abrir para antigas e novas emoções.
Lançando-se nesse universo desconhecido, Russ embarca com London numa jornada ao mesmo tempo assustadora e gratificante, que testará suas habilidades e seu equilíbrio emocional além do que ele poderia ter imaginado.
Em Dois a dois, Nicholas Sparks conta a história de um homem que precisa se redescobrir e buscar qualidades que nem desconfiava possuir para lutar pelo que é mais importante na vida: aqueles que amamos.

Russel tinha uma boa vida. Vivia numa casa boa com a filha e a esposa, tinha um bom emprego que permitia dar o conforto necessário para sua família sem que a esposa, Vivian, precisasse trabalhar  fora para. Seus dias eram dedicados aos cuidados com London e a casa.

Russel não se preocupava com nada além de pagar as contas e trabalhar.

Quando ele decide deixar o emprego para abrir a própria empresa, as coisas não saem exatamente como ele esperava, e não consegue os clientes que imaginou que fosse conseguir rapidamente, então Vivian decide, antes do que havia planejado, voltar para o mercado de trabalho.

Russel se vê obrigado a fazer o que não fazia antes, como arrumar a casa, cuidar da filha, entre outras coisas.

Enquanto o seu casamento vai tomando um rumo que ele não desejava, alguém do seu passado retorna à sua vida de forma inesperada.

O livro inteiro é basicamente isso, Russel com a filha, problemas no casamento, ele lutando para conciliar trabalho com a rotina da casa.

Nada que a gente não veja milhares de mulheres fazendo todos os dias e ninguém acha nada demais nisso. Então quando comecei a ler este livro, ainda mais depois de ver um monte de gente endeusando o Russel por fazer algo que essas mulheres fazem e que não era mais que a obrigação dele, eu fiquei bem irritada.

Acho bem legal a história mostrar que um homem não vai morrer de conciliar trabalho com filhos, e casa, e achei bem legal o amadurecimento do personagem quanto pai.

Ele mal conhecia a filha por se dedicar muito ao trabalho fora de casa, depois da mudança que houve na vida dele, que é literalmente obrigado a ficar com London, ele finalmente aprende o que é ser um pai.

Só que apesar disso eu não gostei do Russel, achei ele egoísta demais, pois não gostava de algumas coisas em relação ao trabalho da esposa, mas não vê que foi meio que o causador disso.

E a esposa também  eu detestei, ela fazia algumas coisas que me deixavam com muita raiva dela.

Enfim, os dois erraram muito.

E outra coisa que me irritou no Russel, foi ele achar que estava fazendo muito, mas e os 5 anos que a Vivian se dedicou exclusivamente a ele e London e a casa?

Cara, ele era muito mala.

Pra falar a verdade acho que a melhor personagem da história foi London, é difícil uma criança entrar para lista de personagens a serem odiados, e Marge, irmã do Russel, que era ótima, sempre tinha bons conselhos e muito bom humor.

A história trás algumas situações reais, fala de família e amizade, mas a forma como tudo foi abordado não me agradou.

Não li muitos livros do Sparks na vida, este foi o terceiro, ou outros dois eu gostei, mas este foi uma grande decepção.

A história foi um tanto arrastada, com alguns flashbacks que não fariam falta e o Russel reclamando e reclamando. A narrativa foi em primeira pessoa sob o ponto de vista dele, então imaginem só? 500 páginas de macho reclamão não dá, gente.

— Talvez ela estivesse infeliz, ponto final. Ou talvez ela só pense que vai ser feliz com outra pessoa, mas felicidade duradoura não é algo que outra pessoa possa proporcionar. Ela vem de dentro.