[Resenha] As Luzes Mais Brilhantes

Título: As Luzes Mais Brilhantes
Autor: Augusto Alvarenga
Editora: Astral Cultural
Páginas: 205
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Livro enviado pela editora parceira

Julién passou por uma fase terrível e seu coração ainda está despedaçado. Agora, ele decidiu viver um dia após o outro, tentando compreender as particularidades dessa cidade enorme que é São Paulo, onde ele vive, mas se sente sozinho. Porém, um dia, quando cruza a Avenida Paulista de bicicleta, ele tromba com Bruna, a aprendiz de cineasta mais diferente que já viu. Por causa desse momento tão inesperado - e quase trágico -, eles decidem tomar um café. E, depois desse café, nada mais foi como antes. Talvez algo possa surgir entre as luzes mais brilhantes da Paulista e repetidos cafés no Starbucks. Talvez eles – e os leitores – possam descobrir se e existe ou não amor em SP.

 As Luzes Mais Brilhantes foi meu primeiro contato com a escrita do Augusto, e foi uma boa leitura.

O livro trás a história de Julién, um jovem que vive sozinho em São Paulo, não se dá bem com sua mãe que mora na França e tem um passado bem conturbado.

O caminho dele se cruza com o de Bruna de uma forma inusitada: quando ele a atropela com sua bicicleta em plena Avenida Paulista.

Bruna é uma jovem estudante de cinema, que renova a energia de Julién quando se aproximam.

Os dois gostam de música e cinema, e sempre tem longas conversas, e amam Starbucks.

Cada vez mais próximos, novos sentimentos vão surgindo, mas o passado de Julién, sempre o assombra, e a presença de Bruna é algo que o faz sentir melhor, assim como Mariana, sua melhor amiga superprotetora que esteve com ele nos piores momentos.

A leitura foi bem agradável e trabalha com temas importantes, como ansiedade, síndrome do pânico, questões familiares.

Demorei um pouco para ler o livro pois peguei ele para ler em uma época em que deveria ter deixado de lado a temática, mas como disse, apesar disso foi uma leitura agradável, e gostei do fato do autor não romantizar ansiedade, depressão e tal.

Para Julién se levantar da cama é uma luta diária, e ele vai vevendo um dia após o outro da melhor forma que pode.

O livro é dividido em cinco partes, e cada uma tem o nome de uma faixa do álbum The Earth is Not a Dead Cold Plane da banda Explosions in the Sky, que devo confessar: eu não conhecia e não parei para ouvir. Quem sabe um dia.

A história não tem graaandes reviravoltas, e a narrativa é em primeira pessoa, dividida entre Julién e Bruna. Gostei da esscrita do autor, é bem leve.

E junto com Julién e Bruna a gente faz um pequeno tour por São Paulo, o que achei bem legal.

Dessa vez, minha mão tem outra para segurar.
Dessa vez, o frio não me incomoda.
Dessa vez, não estou sozinho. E não existe um turbilhão de pensamentos no meu cérebro.